O Centro Cultural Zé Amador, situado no município de Presidente Figueiredo, participou da Mostra Mercosul Audiovisual do Ministério da Cultura, que exibe filmes infantis com uma rica seleção de curtas-metragens produzidos no Mercosul e países associados.

No dia 10 de agosto de 2024, o Ponto de Cultura exibiu diversos filmes como parte dessa iniciativa, que se estenderá até o dia 24 de agosto. A programação incluiu obras de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com temas que destacam a valorização das raízes afro-brasileiras, a superação de desafios e a preservação ambiental, proporcionando uma experiência cultural diversa e educativa para o público infantil.
Segundo o seu Zé a biblioteca é reconhecida como a única biblioteca aberta do estado do Amazonas, além de atuar como um Ponto de Cultura desde 2014. Um Ponto de Cultura é uma iniciativa do governo federal que visa fortalecer e promover atividades culturais em comunidades, proporcionando acesso à cultura e incentivando a participação popular.
No Centro de Cultura Zé Amador, diversas atividades são desenvolvidas além da biblioteca, com a participação ativa de seus colaboradores. Entre as atividades destacam-se a capoeira, alfabetização, teatro, pintura, grafite, exposição de fotos, micro palestras, oficinas de espanhol, floricultura, escambo, oficinas sobre o meio ambiente, oficina de fotografia e audiovisual, artesanato, e salas de leitura. O centro também se mantém aberto a outras manifestações culturais, ampliando seu papel como um espaço dinâmico e inclusivo para a comunidade.

O projeto social da biblioteca teve início há mais ou menos 10 anos quando Antônio Amador e sua esposa Edileuza Costa viram em um prédio abandonado pelo poder público uma opção de se criar um centro de cultura. O prédio pertence ao DNIT e desde então tem sido cuidado e zelado por seu Antônio e pela comunidade. Antes o prédio estava servindo de ponto de ponto de compra e venda de drogas.

“É necessário de um espaço para expor minhas ideias, aí vim aqui, desci, falei: nossa é uma Galeria, é realmente é uma Galeria sim. É, eu venho eu venho da cultura do Rio de Janeiro lá tem muitas galerias de arte por que não criar uma Galeria aqui.” — Antônio Amador.
Tomado pelo pioneirismo que sempre o guiou o Sr. Antônio optou por tentar algo ousado e fundou o centro cultural, no entanto como é um prédio público ele se deparou com os problemas de burocracia e ineficiência do estado para começar a sua iniciativa.
“A gente cuida do patrimônio público, você precisa de autorização, eu chamo isso de da falência do poder público e quando a gente descobre que o poder público é nada mais nada menos são gestores, são pessoas que não estão nem aí para esse segmento que foi feito para pobre, feito para pessoas passar.” — Antônio Amador
Porém depois de muita luta com o poder público o Sr. Amador conseguiu uma autorização para que o estado permita a utilização do local. Inicialmente ele fez um levantamento para comprovar a degradação do local, depois uma análise de impacto social da iniciativa devido a boa localização do espaço e por fim conseguiu um abaixo assinado da população local para que o local continuasse sendo zelado pelo Centro de Cultura.
Através da iniciativa o Sr. Antônio já recebeu diversas homenagens. Sr. Antônio é reconhecido nacionalmente, dentre elas ser reconhecido como a única biblioteca aberta do Estado do Amazonas e é o único centro cultural da cidade de Presidente Figueiredo (honraria concedida em 2022).
Hoje o Sr. Antônio vive de doações e da participação dos entes públicos participando de captação de editais públicos e privados para continuar com a iniciativa.
** A entrevista com Kezia Martins no site médium (www.medium.com/@kezia.martins) foi uma fonte valiosa de informações para essa matéria, destacando a influência transformadora do Centro Cultural Zé Amador na comunidade local.
Créditos
Matéria: Filipe Negão
Gratidão por ter pessoas como vc!
gratidao,